O Retrato de Dorian Gray (update)

Eu falo que adoro filmes e quase não posto sobre nenhum! E o escolhido da vez foi esse: O Retrato de Dorian Gray.

Fiquei sabendo desse filme depois de ter lido o livro homônimo do Oscar Wilde. Tinha ouvido falar do personagem que me intriga muito, já retratado na "Liga Extraordinária" e peguei o livro com meu primo. Não conseguia parar de ler e corri pra ver se essa história fascinante tinha rendido algum filme. Tem alguns antigos por aí, mas ia ser lançado um fresquinho em 2009. Até então estava em pós produção. Ele saiu nos EUA e eu jurando que ia vir pra cá, afinal tinha até o Colin Firth no elenco! Mas nada... um dia tava aqui em casa e fui fuçar no imdb (pra variar) e descobri que o filme já estava em DVD! Minha única solução? Achar por aí na internet. Fazer o que?

O filme é ma-ra-vi-lho-so. Pra mim, uma das melhores adaptações. A interpretação do Ben Barnes como o Dorian é magnífica. Ele tinha feito o príncipe Caspian no segundo filme da saga Nárnia, e mudou totalmente meu conceito de "menino bonzinho". Ah vai ser lindo assim aqui em casa viu?! =D

A história - pra quem não conhece - é de um rapaz na faixa dos seus 20 anos (um pouco mais, um pouco menos) que herda a herança do pai e vai morar sozinho em Londres na sua nova casa. O pai dele era muito rico, abastado e o jovem Dorian logo começa a circular nas altas classes aristocráticas da antiga sociedade de  Londres. Fica próximo de um dos antigos amigos do pai - o Lord Henry, interpretado pelo Colin -  que começa influenciá-lo naquilo que a vida tem de bom: beleza, mulheres, sexo, bebidas, drogas e o que você quiser imaginar aí.

No meio disso tudo, Dorian posa para um auto retrato feito pelo pintor e amigo Basil, que o retrata com tanta perfeição, em sua maior obra prima e ao admirar tamanha beleza, muito sutilmente vimos Gray fazer um pacto:

"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" (trecho do livro).

A influência de Henry é a conta gotas mas conseguimos ver a mudança ní-ti-da do personagem, que no começo não consegue nem fumar um cigarro direito, é tímido, reservado e meio atrapalhado e depois se torna um rapaz seguro, influente e muuuuuito sedutor (*suspiros rsrsr). E olha que ele apronta viu, muito!

A partir daí, tudo o que ele faz, todos os "pecados" que ele comete transparessem no quadro e este começa  mudar sua feição, a expressão, um corte aqui, uma lágrima ali. Carrega os anos que passam, as alegrias e decepções, fúrias, angústias...Carrega o que seria a consciência dele, as experiências e tudo aquilo que vivencia.

Lógico que a parte mais legal do filme é ver o quadro no final. Tem até foto na internet, mas vou deixar esse gostinho e a curiosidade pra quando vocês assistirem!

Eu amei, espero que vocês gostem também. Fica aí a dica!

Beijos

*UPDATE* - Hoje, 23.08, fuçando na net sobre o novo filme de Nárnia - com o Ben - descobri esse vídeo no youtube... dá pra ver por que quase morri?