sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Meu nome é Khan - ou primeira dica de filme do ano

 Imagem: divulgação.

Sair de férias é sinônimo de descansar e descansar pra mim é sinônimo de assistir filmes.  Final de semana também é ótimo para isso. Assisti bons filmes durante o mês passado - e já  vários esse ano, sendo um deles o primeiro a ser comentado aqui. Pra quem se considera cinéfila até que eu tenho poucas dicas de filmes no blog. Pois é, pretendo mudar isso em 2011.

Confesso que não vi o filme inteiro - perdi o começo mas o Gio me resumiu, e esse filme é muito, muito bom. Aqueles filmes que eu adoro e que é um soco no estômago de qualquer norte americano. Detesto como eles se acham a última coca cola do deserto. Enfim, "Meu nome é Khan" é um filme pra se pensar, refletir e analisar tudo o que consideramos certo e errado. Principalmente é um filme sobre preconceito e seus efeitos nos personagens. E na vida na verdade.

Resuminho: o roteiro fala sobre um indiano/muçulmano* Rizwan Khan (Roberta me corrige se isso não existir, você que já foi pra Índia!) que mora nos EUA. Ele é portador de um dos tipos de autismo, (síndrome de Asperger) e apesar da sua grande inteligência, não consegue expressar seus sentimentos, não toca muito as pessoas, fala e anda estranho, evita contato direto (olhar nos olhos) e morre de medo de amarelo.

Procurando pela internet, vi que a ideia surgiu quando o diretor (que é o ator que faz Khan) passou umas poucas e boas em um aeroporto dos Estados Unidos só pelo fato de ser muçulmano. E pelo fato de misturar ficção com alguns toques que deve ser verdade, esse filme ganhou mais pontos comigo.

E tudo começa mesclando trechos da história da vida de Rizwan, desde a infância onde aprendeu que só existem dois tipos de pessoas: as boas e as más. Costumes, religião, crenças... nada te define, "somente suas atitudes" dizia sua mãe. Mas não é bem assim que acontece nos EUA e a nós sabemos disso. Afinal antes existia somente a separação a.C e d.C e hoje tem uma terceira - depois do 11.09. O filme mostra principalmente como isso afetou a vida de todos os muçulmanos que moram lá. Mandira - sua esposa - tinha um salão, que de repente ninguém mais frequenta pois ela adota o sobrenome (muçulmano) do marido. Na escola, o filho deles sofre com o preconceito e a revolta que ganha de repente do seu melhor amiguinho que não quer mais saber de falar com ele. Como a cunhada é tratada no trabalho por usar aquele lenço que elas usam no cabelo. Entre isso, mostra os olhares, a indignação e a generalização de que todo muçulmano é um terrorista em potencial de acordo com a opinião da nação americana.

A história atinge seu ápice quando Mandira culpa Rizwan e o fato dele ser muçulmano pela morte do filho - uma das cenas mais tocantes que já vi -  (sorry, mas precisava contar) e exige que ele a deixe em paz e só volte quando ele disser ao presidente dos EUA: Oi senhor presidente, meu nome é Khan, e eu não sou terrorista. Daí o nome do filme. A partir desse ponto a história mostra duas vertentes: Mandira cheia de rancor, raiva e indignação tenta desvendar a morte do filho. E a de Rizwan, que por amor realmente acredita que Mandira o receberá de volta se ele realizar seu pedido e começa a ir atrás do presidente. Imagina o que isso significa para os norte americanos: um muçulmano, ir atrás do presidente. A jornada de Khan e a lição que ele passa - e que nós aprendemos vale cada um os 165 minutos do filme.

Beijos.

*eu falo indiano/muçulmano pois ele é indiano mas não pratica o hinduísmo. Não faço ideia das religiões que cultuam o país, mas o que eu entendi do personagem foi isso.

2 comentários:

  1. LI, vou ver o filme, adorei a descricao! realmente sentimos muito o preconceito contra os mulcumanos, quando fomos para Inglaterra ano passado com nosso amigo paquistanês, a policia o parou para questionamento por mais de 30 hora, enquanto todo mundo já tinha passado. É triste, pois os mulcumanos sao pessoas muitos corretas, muitos gentis e com muitos princípior éticos. Mas é como toda religião que tem suas faccoes extremistas, assim como os judeus de Israel que são super extremistas e querem expulsar os palestinos e ainda fizeram aquele muro maldito, assim como os evangélicos no brasil que quase te batem para virar evangélicos, assim com católicos, como a minha avó, que expulsão minha tia e minhas primas da casa dela por serem espíritas, assim como espíritas que se acham os dono da verdade. Enfim, religião sucks, só causa discórdia, não vejo lado positivo.

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  2. Oi Liv!
    Hj mesmo vou ver este filme, sua descrição causou tamanha curiosidade em vê-lo, rsrsr...
    Bjs.
    Lilica.

    elimattoso@uol.com.br

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