Imagem: divulgação.
Sair de férias é sinônimo de descansar e descansar pra mim é sinônimo de assistir filmes. Final de semana também é ótimo para isso. Assisti bons filmes durante o mês passado - e já vários esse ano, sendo um deles o primeiro a ser comentado aqui. Pra quem se considera cinéfila até que eu tenho poucas dicas de filmes no blog. Pois é, pretendo mudar isso em 2011.
Confesso que não vi o filme inteiro - perdi o começo mas o Gio me resumiu, e esse filme é muito, muito bom. Aqueles filmes que eu adoro e que é um soco no estômago de qualquer norte americano. Detesto como eles se acham a última coca cola do deserto. Enfim, "Meu nome é Khan" é um filme pra se pensar, refletir e analisar tudo o que consideramos certo e errado. Principalmente é um filme sobre preconceito e seus efeitos nos personagens. E na vida na verdade.
Resuminho: o roteiro fala sobre um indiano/muçulmano* Rizwan Khan (Roberta me corrige se isso não existir, você que já foi pra Índia!) que mora nos EUA. Ele é portador de um dos tipos de autismo, (síndrome de Asperger) e apesar da sua grande inteligência, não consegue expressar seus sentimentos, não toca muito as pessoas, fala e anda estranho, evita contato direto (olhar nos olhos) e morre de medo de amarelo.
Procurando pela internet, vi que a ideia surgiu quando o diretor (que é o ator que faz Khan) passou umas poucas e boas em um aeroporto dos Estados Unidos só pelo fato de ser muçulmano. E pelo fato de misturar ficção com alguns toques que deve ser verdade, esse filme ganhou mais pontos comigo.
E tudo começa mesclando trechos da história da vida de Rizwan, desde a infância onde aprendeu que só existem dois tipos de pessoas: as boas e as más. Costumes, religião, crenças... nada te define, "somente suas atitudes" dizia sua mãe. Mas não é bem assim que acontece nos EUA e a nós sabemos disso. Afinal antes existia somente a separação a.C e d.C e hoje tem uma terceira - depois do 11.09. O filme mostra principalmente como isso afetou a vida de todos os muçulmanos que moram lá. Mandira - sua esposa - tinha um salão, que de repente ninguém mais frequenta pois ela adota o sobrenome (muçulmano) do marido. Na escola, o filho deles sofre com o preconceito e a revolta que ganha de repente do seu melhor amiguinho que não quer mais saber de falar com ele. Como a cunhada é tratada no trabalho por usar aquele lenço que elas usam no cabelo. Entre isso, mostra os olhares, a indignação e a generalização de que todo muçulmano é um terrorista em potencial de acordo com a opinião da nação americana.
A história atinge seu ápice quando Mandira culpa Rizwan e o fato dele ser muçulmano pela morte do filho - uma das cenas mais tocantes que já vi - (sorry, mas precisava contar) e exige que ele a deixe em paz e só volte quando ele disser ao presidente dos EUA: Oi senhor presidente, meu nome é Khan, e eu não sou terrorista. Daí o nome do filme. A partir desse ponto a história mostra duas vertentes: Mandira cheia de rancor, raiva e indignação tenta desvendar a morte do filho. E a de Rizwan, que por amor realmente acredita que Mandira o receberá de volta se ele realizar seu pedido e começa a ir atrás do presidente. Imagina o que isso significa para os norte americanos: um muçulmano, ir atrás do presidente. A jornada de Khan e a lição que ele passa - e que nós aprendemos vale cada um os 165 minutos do filme.
Beijos.
LI, vou ver o filme, adorei a descricao! realmente sentimos muito o preconceito contra os mulcumanos, quando fomos para Inglaterra ano passado com nosso amigo paquistanês, a policia o parou para questionamento por mais de 30 hora, enquanto todo mundo já tinha passado. É triste, pois os mulcumanos sao pessoas muitos corretas, muitos gentis e com muitos princípior éticos. Mas é como toda religião que tem suas faccoes extremistas, assim como os judeus de Israel que são super extremistas e querem expulsar os palestinos e ainda fizeram aquele muro maldito, assim como os evangélicos no brasil que quase te batem para virar evangélicos, assim com católicos, como a minha avó, que expulsão minha tia e minhas primas da casa dela por serem espíritas, assim como espíritas que se acham os dono da verdade. Enfim, religião sucks, só causa discórdia, não vejo lado positivo.
ResponderExcluirOi Liv!
ResponderExcluirHj mesmo vou ver este filme, sua descrição causou tamanha curiosidade em vê-lo, rsrsr...
Bjs.
Lilica.
elimattoso@uol.com.br